Com a crescente preocupação em torno da sustentabilidade e da preservação ambiental, as empresas estão buscando formas de tornar suas operações mais ecológicas e conscientes. Uma dessas práticas é a emissão eletrônica de documentos fiscais.
Neste artigo, vamos explorar como a emissão eletrônica pode promover a sustentabilidade nas empresas e ajudar na implementação de práticas mais alinhadas aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança).
Redução do uso de papel e impacto ambiental
Uma das formas mais claras pela qual a emissão eletrônica contribui para a sustentabilidade é a drástica redução do uso de papel. No formato digital, as notas fiscais e outros documentos são gerados e arquivados sem necessidade de impressão. Isso reduz o consumo de papel, tinta e outros insumos relacionados à produção e armazenamento físico.
O uso de papel envolve várias etapas prejudiciais ao meio ambiente, como: desmatamento, gasto de água e emissão de gases de efeito estufa. Ao migrar para o formato eletrônico, as empresas reduzem sua pegada ecológica e ajudam a preservar recursos naturais.
Além disso, o corte no uso de papel reduz a quantidade de lixo gerado, ajudando a diminuir o volume de resíduos sólidos que precisa ser descartado ou reciclado.
Desde a implementação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em 2006, mais de 44 bilhões de documentos foram emitidos eletronicamente no Brasil, segundo dados do Portal da Nota Fiscal Eletrônica. Isso evitou a derrubada de aproximadamente 160 mil árvores, equivalente a uma área de dois Parques Ibirapuera em São Paulo.
Importante: a adoção da NF-e resultou na economia de cerca de 240 mil toneladas de papel que deixaram de ser produzidas e, consequentemente, gerando resíduos no processo de descarte.
Otimização de processos e economia de recursos
Com a emissão eletrônica, os processos de criação, envio e armazenamento de documentos fiscais tornam-se mais ágeis e eficientes. A digitalização elimina etapas manuais e reduz a necessidade de transporte físico de documentos. Assim, resulta em uma economia significativa de tempo e energia.
Fique atento: processos otimizados ajudam a empresa a operar de forma mais inteligente e sustentável.
Ainda mais, a eliminação do transporte físico e o menor uso de espaço para armazenamento reduzem a necessidade de logística, que normalmente depende de veículos para movimentação de documentos. Isso contribui para a redução das emissões de CO₂ associadas ao transporte, trazendo um impacto positivo para o meio ambiente.
Do mesmo modo, as operações digitais requerem menos energia elétrica e outros recursos. Desse modo, economizam energia que seria utilizada para manter espaços físicos, como arquivos e sistemas de armazenamento em papel.
Controle e transparência
A emissão eletrônica também promove maior controle e transparência sobre os dados da empresa. Com documentos fiscais organizados e digitalizados, é muito mais fácil monitorar, rastrear e auditar informações.
Importante: esse acesso imediato aos dados contribui para que as empresas identifiquem rapidamente práticas que podem ser aprimoradas ou ajustadas para alinhamento com práticas sustentáveis.
A maior facilidade em acessar dados detalhados permite que as empresas sigam diretrizes ESG de maneira mais organizada e confiável. As diretrizes ESG (Environmental, Social, and Governance) representam práticas adotadas por empresas para promover sustentabilidade e responsabilidade corporativa.
- Ambiental: foca em ações que minimizam o impacto ambiental. Isso inclui a redução de emissões de carbono e o uso sustentável de recursos;
- Social: refere-se ao tratamento justo de colaboradores, clientes e comunidades, incluindo práticas de inclusão, direitos humanos e segurança no trabalho;
- Governança: relaciona-se à ética, transparência e integridade na gestão, evitando fraudes e promovendo uma liderança justa e responsável.
Com um sistema eletrônico, o risco de fraudes, perdas de documentos ou erros humanos é reduzido, o que melhora a qualidade das operações e a transparência com o público e investidores.
Uma gestão transparente e acessível também facilita auditorias e comprovações de práticas sustentáveis. Isso permite que a empresa se destaque por sua responsabilidade social e ambiental.
Emissão de documentos fiscais na prática
Várias empresas já adotaram sistemas de emissão eletrônica de documentos fiscais. Elas relataram impactos positivos tanto na redução de custos quanto no alinhamento com metas de sustentabilidade.
Empresas que migraram para o digital observaram uma queda nos gastos com papel e materiais de escritório. Além disso, uma redução na pegada de carbono gerada por atividades logísticas.
Esse movimento também facilitou a adaptação de várias empresas às regulamentações de ESG. Sendo assim, elas se tornaram mais competitivas e atraentes para investidores focados em sustentabilidade.
Segundo dados do Ministério da Economia, em 2024, apenas 2,4 milhões de CNPJs estão registrados para emitir NF-es. Isso representa uma grande economia de papel, mas ainda está distante do total de mais de 20 milhões de empresas ativas no Brasil.
Essa disparidade destaca a necessidade de incentivar a digitalização entre as empresas. Isso porque a adoção das NF-es pode reduzir drasticamente o uso de papel, contribuindo para a preservação ambiental.
Conclusão
Com a digitalização, as organizações podem reduzir seu consumo de papel, economizar recursos e operar de forma mais eficiente. Assim, beneficiam o meio ambiente e sua própria estrutura e competitividade.
Para as empresas que buscam transformar sua gestão e adotar práticas alinhadas com a preservação ambiental, a emissão eletrônica é um dos primeiros passos para construir uma operação sustentável e responsável.
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