A tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia, e isso também vale para o momento de declarar o Imposto de Renda. Assim, com o avanço da inteligência artificial (IA), surgem novas ferramentas que prometem facilitar o preenchimento da declaração do IRPF.
Mas será que vale a pena usar inteligência artificial na hora de declarar o Imposto de Renda? Neste artigo, você vai entender como a IA pode ser útil nesse processo, quais são os riscos envolvidos e quais cuidados devem ser tomados para não cair na malha fina.
Continue lendo para saber como usar a tecnologia a seu favor sem comprometer sua segurança ou a exatidão dos seus dados.
Como a inteligência artificial pode ajudar na declaração do IRPF
A utilização de IA na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) pode ser um grande apoio na organização de documentos e no preenchimento de informações.
Veja as principais formas de uso:
Extração automática de dados
Com o uso de tecnologias de OCR (reconhecimento óptico de caracteres), a inteligência artificial consegue interpretar documentos como informes de rendimentos, recibos médicos e comprovantes de pagamento.
Desse modo, permite o preenchimento automático de campos da declaração, economizando tempo e reduzindo erros de digitação.
Assistência virtual
Chatbots e assistentes baseados em IA podem tirar dúvidas frequentes sobre o IRPF, como prazos de entrega, documentos obrigatórios, regras de deduções e até simulações básicas de imposto.
Desse modo, essas funcionalidades são especialmente úteis para contribuintes que desejam entender melhor o processo antes de enviar a declaração.
Sugestões de deduções e cálculos
Algumas plataformas com inteligência artificial também oferecem sugestões de deduções legais permitidas e ajudam a calcular o valor a ser restituído ou pago. Nesse sentido, é especialmente interessante para quem tem despesas com saúde, educação ou dependentes e quer otimizar a declaração.
Os riscos de usar inteligência artificial na declaração do IR
Apesar das vantagens, é preciso ter atenção. Isso porque a IA ainda não substitui o preenchimento oficial da declaração, que deve ser feito exclusivamente pelo Programa Gerador da Declaração (PGD) da Receita Federal.
Além disso, o uso inadequado da tecnologia pode trazer riscos:
Erros de interpretação
A IA pode interpretar dados de maneira incorreta. Por exemplo, pode confundir números ou interpretar mal um campo do informe de rendimentos.
Importante: como a responsabilidade pelo envio correto das informações é sempre do contribuinte, qualquer erro pode gerar multas ou até levar o contribuinte à malha fina.
Segurança e privacidade dos dados
Plataformas que utilizam inteligência artificial podem exigir o envio de documentos com informações sensíveis, como CPF, valores de rendimentos, patrimônio e dados bancários.
Ou seja, se essas plataformas não tiverem segurança adequada, existe o risco de vazamento ou uso indevido dos dados.
Confiabilidade das fontes
Nem todas as ferramentas baseadas em IA oferecem informações atualizadas ou corretas. Algumas respostas podem estar desatualizadas ou ser baseadas em interpretações erradas da legislação. Por isso, é importante conferir tudo com fontes oficiais, como o site da Receita Federal, ou consultar um contador de confiança.
A Receita Federal permite o uso de IA?
Sim, a Receita Federal permite o uso de inteligência artificial no processo de preparação da declaração. No entanto, reforça que a responsabilidade pelo conteúdo enviado é exclusivamente do contribuinte.
É importante lembrar que a Receita já possui sistemas altamente tecnológicos capazes de cruzar informações de diferentes fontes e identificar inconsistências com facilidade. Sendo assim, o declarante deve verificar a correção dos dados, não podendo repassar a culpa de eventuais erros para terceiros.
Alternativa segura: declaração pré-preenchida
Para quem busca praticidade e segurança, a Receita Federal oferece a declaração pré-preenchida, acessível por meio da conta gov.br. Nessa modalidade, os dados disponíveis em sistemas públicos já são automaticamente inseridos na declaração, como:
- Rendimentos recebidos;
- Deduções informadas por terceiros;
- Bens e direitos declarados;
- Pagamentos efetuados.
Mesmo assim, é necessário revisar cuidadosamente todas as informações antes de enviar. A Receita oferece essa facilidade, mas o contribuinte ainda precisa validar ou complementar os dados.
Conclusão
A inteligência artificial pode ser uma grande aliada na organização de documentos e na resolução de dúvidas sobre o Imposto de Renda. Porém, ela não substitui o preenchimento correto da declaração, nem elimina a necessidade de revisão.
Se você pretende utilizar inteligência artificial para facilitar sua declaração, lembre-se:
- Sempre revise os dados antes de enviar;
- Prefira ferramentas confiáveis e seguras;
- Consulte fontes oficiais ou um contador para esclarecer dúvidas.
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