Contabilidade

ICMS, PIS e COFINS devem ser excluídos da base do IPI?

25 mar 2025 4 minutos de leitura

Tópicos

Carregando...

A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STF) está julgando uma questão tributária que pode impactar diversas empresas no Brasil: a exclusão do ICMS, PIS e COFINS da base de cálculo do IPI. Este julgamento servirá de referência para todos os tribunais do país e poderá definir os rumos da tributação para o setor industrial. 

Mas o que está em jogo? Qual a relação desse tema com a chamada “tese do século”? E quais as chances de um desfecho favorável para as empresas?

Vamos explorar esses pontos neste artigo. 

A “tese do século”

O julgamento faz parte das chamadas “teses filhotes” da decisão do STF, que excluiu PIS e COFINS da base de cálculo do ICMS. Essa decisão ficou conhecida como a “tese do século”, uma vez que gerou um impacto bilionário ao reduzir a carga tributária das empresas.

No entanto, especialistas alertam que a situação do IPI é diferente. O PIS e COFINS incidem sobre a receita bruta das empresas, enquanto o IPI é calculado com base no valor da operação, que inclui frete e outras despesas. 

Importante: esse conceito está previsto no Código Tributário Nacional, o CTN, e em outras normas legais. 

Histórico de decisões

O STJ já analisou casos semelhantes anteriormente e, até o momento, tem mantido um posicionamento desfavorável aos contribuintes. A 1ª e 2ª Turma da Corte já rejeitaram pedidos para excluir tributos da base de cálculo do IPI. O argumento era de que o valor da operação inclui todos os tributos embutidos no preço dos produtos. 

Além disso, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) sustenta que a base de cálculo do IPI segue a mesma lógica do ICMS, reforçando a legalidade da cobrança. 

Fique atento: diante desse cenário, as chances de uma decisão favorável são reduzidas, segundo especialistas. 

Veja também: ISS deve compor base de cálculo do IRPJ e CSLL quando apurados pelo regime do lucro presumido

Possíveis impactos da decisão sobre a base do IPI

Se o STJ decidir a favor das empresas, muitos contribuintes poderão recorrer à Justiça para solicitar a restituição de valores pagos a mais nos últimos anos. 

Enquanto isso, a reforma tributária pode trazer novas discussões sobre a composição da base de cálculo dos tributos. A Lei Complementar nº 214 já prevê que diversos tributos não integrarão a base do CBS e IBS. Essa mudança pode abrir espaço para futuras disputas judiciais envolvendo outros tributos. 

Enquanto o julgamento não ocorre, todos os processos semelhantes no país estão suspensos. A decisão do STJ trará mais clareza para as empresas, ajudando a definir os próximos passos da tributação no Brasil. 

Conclusão

Independentemente do resultado, é importante que as empresas acompanhem de perto essa decisão e avaliem seus impactos tributários. Além disso, novas discussões sobre a composição da base de cálculo dos impostos podem surgir em breve. 

Acompanhe nosso blog e fique atento às atualizações para garantir segurança tributária e um planejamento tributário eficiente!

Assine nossa
newsletter

Fique sempre por dentro das
novidades com a Webmania